IF YOU WANT,YOU CAN LISTEN MUSIC

domingo, 28 de setembro de 2008

Fases de Mulher, aguarela s/papel, 63x48cm

Mulher (em definição)
Mulher-Poesia
que deixa no meu corpo bocados
de poema Mulher-Criança
que desce à minha infância
e me traz adulta Mulher-Inteira
repartida no meu ser Mulher-Absoluta
Fonte da minha origem
(autora: Manuela Amaral)

Rosa púrpura, óleo s/tela, 24x30cm

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança moleNa hora fugitiva.
(Fernando Pessoa)

Barco solitário, Óleo s/tela, 40x30cm

Gerês II, óleo s/papel

(Col.particular,Lisboa)

domingo, 21 de setembro de 2008

Poemas Inconjuntos (261)

«Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para enxergar as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.» (Fernando Pessoa)

Água: O Sonho do Alentejo,têmpera sb madeira, 90x70cm

(1º Prémio de Pintura dos Jogos Culturais de Ferreira do Alentejo,1997) -----------------------------------------------

Porto Côvo, óleo s/tela, 40x30cm

Vendido (Col.particular, Santarém)

Praia do Carvoeiro, óleo s/tela, 50x40cm

O que Mestre Castro Infante - engºconstªnaval,pintor e poeta - diz sobre a minha pintura «Na pintura de Inês Dourado há a poesia da ronda das cidades e dos dias repletos de luz e de sombra. As cores cantam o casario numa carícia leve. Belas são as coisas que as mãos da pintora tocam em busca da sua verdade. Que essa verdade não vos escape.» (Castro Infante) Alargando o seu olhar para além da "ronda das cidades", Inês Dourado persiste na poesia colorida do silêncio e na transparência de conteúdos, apelando também para que não deixemos escapar as coisas belas do ser e da natureza: O azul do céu, do mar, os pôr-do-sol aqui e acolá nos seus poentes silenciosos e radiantes, o brilho da lua no silêncio da noite derramando luz num manto de mar de prata,a envolvênvia do ser na natureza. Enfim, a luz e a sombra e a busca da sua verdade dilata-se na “ronda da natureza e do ser”.

Palácio de Sintra, óleo s/tela, 50x40cm

Redondo, técnica mista (têmpera e gravilha) s/madeira

Vendido (Col.particulat, Cascais)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Anoitecer de inverno, óleo s/tela, 60x50cm

Numa noite quieta de inverno

Tu natureza, que nas tuas sombras ouves

os gritos da alegria, da tristeza e do desespero,

guardas nas noites macilentas da terra os risos

do amor, as lágrimas do lamento...

guarda em ti também o esplendor dos teus

elementos e afaga com eles as emoções de

uma noite quieta de inverno
(autora: inês dourado,18/09/2008)